sábado, 18 de julho de 2009

Larga isso! Vou te bater heim!


Estava eu numa conhecida loja do centro da cidade, na fila; logo atrás de mim estavam três pessoas: a avó, a mãe e o filho, de mais ou menos 5 anos...

Como sempre sou curioso, fiquei, quase sem querer, observando o que o pirralho fazia... Ele queria conhecer as coisas, estava curioso em pegar as roupas, sapatos; achei engraçado aquilo, pois é uma fase de descoberta da criança, normal... Do nada a mãe vira e grita: "Larga isso! Vou te bater heim!" Isso alto, algumas pessoas olharam... E eu fiquei impressionado com a falta de paciência, até aí tudo bem, ela poderia ter tido um dia cheio e tal... O pirralha não escutou e continuou vendo, pegando... De repente a avó vai até ele e dá uma pegada na orelha e leva ele até a mãe... Achei brutal a atitude... O pirralha abriu um berro né!? Como se não bastasse, ao chegar perto da mãe o filho foi dar um abraço, procurando um possível refúgio pelo ato da avó... Quando de repente um ato que eu jamais esperaria... A "mãe" "soca" lentamente o filho no rosto por duas vezes e segura o rosto dele mandando ele ficar calado e parado. Fiquei indignado assistindo tudo aquilo... Mas... Tenho o direito de me intrometer? Não sei.


Sabe, não entendo muito bem como é isso... Não tenho filhos, ainda, mas tenho um enorme desejo de ter... Sei, sei, é muito trabalho... Educar é uma luta, isso é fato. Mas bater? Será que adianta? Qual a relação sadia com os filhos: Medo ou Respeito? São duas linhas bem distintas... Acredito que a educação é um processo bastante doloroso, às vezes, mas não deva chegar a tanto... Não posso estar julgando ninguém, cada um tem seu modo de educar... Mas assim, eu particularmente, nunca fui de apanhar, levar surra e tal... Creio que o respeito, confiança é uma questão de olhar, saber conversar e mostrar o erro; não estou dizendo que uns "tapinhas" faz mal... Não! Nada disso, mas temos que saber medir isso... Ou melhor, repensar na nossa forma de educar, para não acabar fazendo o contrário.


Diga não à violência. converse e acima de tudo: AME.
P.S.: A triste imagem foi retirada do Google; apenas ilustrativa.

Um comentário:

  1. Creio que bater ("socar", no contexto) em todas as horas, por mais grave que seja a "falta" do filho/filha. Mas em algumas situações como o estresse da mãe (Caso tenha tido um dia cheio e/ou já tenha falado com o filho sobre isso com ele algumas vezes mais) (não quer dizer que todo tipo de estresse familiar seja seja descontado em pessoas que não tem nada à ver) ela pode ter errado e ter descontado tudo o que sentia no filho... uma pena.

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