segunda-feira, 18 de abril de 2011

Família: Como será a sua?

Família, segundo o minidicionário “Ruth Rocha” é o conjunto de ascendentes e descendentes, colaterais e afins de uma linhagem; ou, mais restritamente, o pai, a mãe, e os filhos; ou ainda, animais com caracteres em comum.
Se formos partir do primeiro e último princípios, todos somos parentes, somos familiares; por isso vou me ater ao modo mais particular de família: aquela que convivemos por alguns anos, longos ou curtos debaixo do mesmo teto; o modo mais restrito da palavra família.
Família, conjunto estranho, conjunto de conflitos, sorrisos e lágrimas; mentiras, verdades e segredos... Conjunto que, na maioria das vezes estando junto, tudo é perfeito, correto. Basta ir cada um para sua casa que começam os comentários entre as famílias restritas: - Como fulana está gorda! – Mas sicrano não muda, continua mentindo e exagerando como sempre... Será que realmente sempre é assim?
Caso perceba a fundo nas famílias, em geral, repito, em geral, sempre temos determinados tipos estereotipados: O rico, que se distancia dos outros com medo para não ser incomodado financeiramente; o rico que se mostra - faz questão de mostrar que tem dinheiro e o que tem dentro de casa, porém é pobre, sujo de espírito por demonstrar tanta soberba e amor ao bem material; o metido a rico, que sempre quer ter o que não tem - aquele que fica apertado financeiramente para ter algo de valor para mostrar ao outro; o pobre, que pede ajuda a todos, ou pelo menos, a alguns; há ainda aquele casado com a mulher “errada”; há o dominado, que serve de chacota para os outros, servindo apenas a mulher; há o que nunca faz nada, o conhecido “banana”, sem atitude; há os interesseiros, aqueles que babam por migalhas: por dinheiro, amizade, convites a festinhas, etc.; o chato, sempre impertinente com as colocações mais erradas na hora errada e no momento errado, podendo ser pornofônico ou não; o que fala, fala e nunca cumpre nada, sempre com colocações, idéias e afirmações que nunca chegam a existir; há aquele que vive escondido, só é visto em ocasiões de feriados nacionais, ou nem nesse momento; temos também primas assanhadas e faladas por todos, por “debaixo dos panos”; temos a pessoa super correta e ética, sempre preocupada em como agir honestamente.
Enfim, se eu for parar para destrinchar cada tipo humano, como cada cabeça age, segundo o meu ponto de vista, escreveria uma centena de páginas e não é meu objetivo aqui.
Na realidade, quero que reflitam sobre suas vidas, suas ações, seus pensamentos, suas atitudes perante grupos de pessoas que vivem ao seu redor, próximos, ou aqueles que apenas aparecem de vez em quando.
Qual o motivo de sempre julgarmos o outro? Qual o motivo de criarmos opiniões errôneas sobre o outro a partir de ações ou palavras pequenas, não prestando atenção no antes, no passado; ou até no momento de espírito de determinado indivíduo. Como podemos prestar mais atenção nos erros do outro, quando não olhamos nem para nós mesmos? Quem somos nós para julgarmos um ou outro? Já se olhos no espelho íntimo hoje? Já fez sua reflexão mental de como tratas o outro? Ou de como tu te preocupas com a atitude do outro? Por que te incomodas com o outro de forma tão cruel?
Devemos visar as qualidades das pessoas, nos apegarmos em coisas boas e que nos façam crescer, assim faremos bons ciclos de amizade, viveremos com um pouco mais de paz e poderemos trilhar nossas vidas sem olhos gordos e sem inimizades.
Lembrando que, ao vivermos nossas próprias vidas, sem olhar a do outro, realmente estaremos vivendo o nosso prazeroso prazer de viver conosco; com seu próprio eu verdadeiro, sem preocupar-se com o que o outro irá pensar. Tentem, vale a pena!

24.06.08
Carleial.

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